2011/04/27

Brasil, sonegação e #PrecoJusto

Imposto. É um nome autoexplicativo. Algo imposto à você, você deve fazer. Convenhamos que o Brasil é um festival de impostos: INSS, IPVA, IPTU, ISS, ICMS, IUTUBE, IOF, IPI... Tudo o que você gasta tem algum imposto embutido.




Ou deveria. Não vá ser hipócrita ao ponto de dizer que nunca comprou um produto sem nota fiscal, vai? Eu assumo que já o fiz, por querer e sem querer. Muitas vezes, por má fé de vendedores, achamos que estamos fazendo o certo, mas levamos gato por lebre: pensamos estar levando nota fiscal e você lê lá no topo do comprovante: ORÇAMENTO. É de se lascar. Primeiro porque você não tem como comprovar que comprou o produto, em tese, é só um orçamento. Segundo porque você está sonegando impostos.

Me veio uma incógnita: será que se os impostos que são sonegados não o fossem, nossa carga tributária seria menor onde é alta? É a lógica, mas ao saber que o site Impostômetro estava marcando mais de R$ 440 bilhões em 26/04 (não consegui carregá-lo hoje), penso que não. É muita coisa, e o reflexo dessas arrecadações vemos não nas ruas nem nas escolas, e sim nos jornais...

Pra se ter uma ideia de quanto pagamos de impostos: 18% da conta de luz aqui em casa foi imposto. 30% da conta de telefone foi de imposto. Os carros nacionais (muitos defasados) têm taxas entre 22,2% e 36,4% de impostos diretos ¹.

Toyota Corolla: preço de carro de luxo aqui, de carro popular nos EUA.
Em um chute, tomando como base o que meu pai paga, ao longo de 15 anos que um carro paga IPVA, os proprietários do mesmo podem chegar a pagar em torno de 75% do valor do carro quando comprado 0km, isso somente no IPVA.

E não se esqueça do que vai mover seu veículo. Nos dizemos autossuficientes em petróleo, nos orgulhamos de exportarmos o ouro negro e temos um dos combustíveis mais caros do mundo.

Detalhe que a gasolina custava 40 centavos a menos que custa aqui, agora.

Todos os impostos da gasolina somam algo em torno de 55% do seu valor ². Nem vou citar dos outros combustíveis, que apesar de serem menores (e o diesel é subsidiado pelo Governo) encarecem de um IPad até o seu pão francês.


Por citar o IPad, o jornal digital Brasil 247 e o vlogueiro Felipe Neto lançaram uma campanha no Twitter, com a hashtag  #PrecoJusto, protestando contra as altas cargas tributárias em produtos tecnológicos.


Eu ainda não vi esse vídeo, graças à minha internet discada. Aliás, já reclamei dela antes no blog. O problema dela não é só a lentidão, mas os injustos R$29,90 pagos nela, por falta de alternativa. Mas será que só a Internet é cara no Brasil?

No site há o espaço para assinatura nessa campanha, que já conta com mais de 100 mil participantes. Concordo com ela, já assinei e ainda amplio sua visão: que tal uma campanha por redução das alíquotas de impostos em todos os produtos? O país não vai à falência com isso, a menos que continuemos com representantes vivendo às forras com nosso dinheiro. E para reclamarmos, temos que andar direito: exija sempre sua nota fiscal, assim você garante que seu imposto vai para onde deveria ir.

Quer saber todos os 85(!!!) tributos que o cidadão brasileiro paga? Confira aqui.

A mudança começa por nós.

Imagens: reprodução da pesquisa do Google

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