Ainda acredito no futuro da nação. Aliás, faço parte desse futuro. Nossos pais já fizeram parte desse futuro, quem sabe até os avós de alguns de nós. Geração a geração, passa-se tal fardo como herança, e vemos a potência ficar apenas em ato.
Quem nunca ouviu dizer que "o Brasil é o país do futuro", provavelmente viveu por alguns anos em universos paralelos. Sim, temos potencial, temos recursos, temos ambição, temos determinação. Mas nem sempre temos investimento aqui dentro. Se na música "o pra sempre sempre acaba", na nossa vida o futuro nunca chega. E o fardo passa pro próximo. E pro próximo, e sempre adiante.
Somos hipócritas. Poucos são os que sempre fazem valer sua honestidade. Só como exemplo: poucos são aqueles que, quando recebem troco a mais, devolvem o valor a mais, mas reclamamos da corrupção. Claro que um não justifica o outro, mas reduz o crédito do reclamante.
Claro, do céu só cai chuva e bitu. Fácil é dizer que a educação é a base de tudo. Difícil é investir, vide os funcionários (em algumas, professores) de universidades e institutos federais em greve, contra o congelamento de seus salários por dez anos e verbas ínfimas perto das necessidades das instituições.
Hipocrisias à parte, duvido que qualquer deputado queira ter seu salário congelado por dez anos, mesmo após o aumento escandaloso ocorrido em uma noite de fim de ano. Noite feliz, para eles. E para parecer bonzinho, uma propaganda é veiculada em meios de grande circulação dizendo que "x Institutos Federais serão abertos, y campi de Universidades Federais serão inaugurados". Mas pensemos: não precisamos de quantidade, não apenas. Precisamos de qualidade.
Posso escrever o quanto quiser, sempre sentirei que falta algo a dizer. Mas deixa estar, senão vai ficar chato demais ler isso.
Minha intenção não é informar, basta ler o quão imparcial é meu texto logo no título. E para finalizar, deixo um e-mail bem-humorado que corre pela grande rede:
Protesto de alunos do IFRJ em Volta Redonda (RJ). Fonte |
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, mas não podíamos falar mal do presidente.
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (“ei negão”), credos (“esse crente aí”) ou preferências sexuais (“fala sua bicha”) e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente.
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente.
Cantava a menina do Contas a Pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio, mas não podia falar mal do presidente...
Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente!
Que merda!!!"
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